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Como escolher um bom terapeuta?

Foto do escritor: Cláudia CasavecchiaCláudia Casavecchia

Vamos começar especificando essa frase: como escolher um bom terapeuta para VOCÊ? Primeiramente, tenha clareza das SUAS expectativas. Pergunte-se:

 

-POR QUE EU QUERO FAZER TERAPIA?

-O QUE EU ESPERO ALCANÇAR?

-QUAIS SÃO OS MEUS OBJETIVOS?

-A FORMAÇÃO DESSE PROFISSIONAL, SE ADEQUA ÀS MINHAS NECESSIDADES?

-COMO QUERO ME SENTIR NA RELAÇÃO COM ESSE PROFISSIONAL?

-EU ME IDENTIFICO COM A SUA ABORDAGEM E VISÃO DE MUNDO?


Essas são perguntas básicas para um iniciante e até mesmo para quem já passou pela experiência em algum momento da vida. Cabe ir além: as concepções teóricas desse profissional coincidem com o que acredito? Quais as suas perspectivas e quais são os principais autores em que se fundamenta? Se esse assunto for ainda obscuro para você, seria importante conversar com alguém que possa lhe explicar com clareza, ou ainda, tirar todas as suas dúvidas com a pessoa que você escolheu tentar. Digo tentar, porque você não é obrigado a fazer terapia com o primeiro que encontrar. Procure, até se sentir à vontade. Siga seus instintos e dê uma oportunidade para que o vínculo se estabeleça. Isso deverá acontecer em pouco tempo. Se você não sentir conexão, precisará questionar esse modelo de relação,

        

As indicações podem ser um caminho seguro, mas nem sempre. É interessante, no caso de uma indicação, buscar entender melhor qual a abordagem, a formação e a conduta desse profissional e se possível, fazer uma entrevista para verificar se existe conexão entre vocês (se o santo bate!).

        

No processo, o vínculo é a ponte onde nos encontramos. Essa ponte precisa estar segura. Precisa ser acessível. Você precisa sentir que aquela pessoa se relaciona com você com horizontalidade. Ou seja, por mais que seja especialista em saúde mental, não se coloca como maior ou menor que você. Você precisa sentir que é ouvido, acolhido e validado. Nunca, jamais, deve ser julgado ou sentir que tem seu problema minimizado. Precisa sentir, segurança e confiança.

       

O currículo do profissional é muito importante. Mas não precisa ser demasiado extenso. Precisa ser coerente. É necessário compreender por que ele escolheu determinadas especializações e de que forma terá manejo para acolher as suas questões. Por exemplo: se você tem traumas de desenvolvimento, seria mais indicado procurar um Psicanalista, com especialização em trauma.

  

Lembre-se, que os profissionais habilitados para realizarem psicoterapia são: psicanalistas, psicólogos e médicos. Todavia, existem muitas possibilidades em cada formação e é necessário entender o que você procura. Não se iluda com a extensão do currículo e nem com a quantidade de seguidores que essa pessoa tem.


Não se iluda também com a fachada de autorrealização que esse profissional quer passar. Vá além. Procure ler seus textos, compreender de que forma ele aborda os sintomas e conduz o percurso. Terapeutas holísticos, coachs e psicanalistas de final de semana (que não passaram por pelo menos dois anos de análise, supervisão e teoria) não estão habilitados para conduzir um processo psicoterapêutico.


Nada como a experiência. Sinta. Marque uma entrevista. Muitos profissionais oferecem a primeira consulta sem cobrar. Observe como as palavras dessa pessoa te tocam. Clareiam? Organizam? Compreendem? Direcionam? Te ajudam a se entender e a chegar mais perto de você mesmo? Mais que uma conversa, é preciso haver promoção de reflexão, pensamento crítico e nada de conselhos, palestras ou exposição da vida pessoal do terapeuta. Cabe diferenciar, quando isso ocorre por necessidade dele de falar e não por haver um propósito terapêutico de exemplificar uma situação para torná-la mais acessível e clara.

É importante, sentir que as palavras do outro são capazes de traduzir suas tentativas de se expressar. De te mostrar que estamos verdadeiramente juntos naquele entendimento. De que não existem imposições, culpabilização ou demonstrações de autoritarismo e desrespeito à sua vulnerabilidade, suas dores e limitações.


Além da formação e das experiências do psicoterapeuta, cabe salientar um aspecto demasiadamente importante: a teoria em saúde mental não é suficiente. Esse indivíduo precisa ter experimentado em si mesmo, os métodos que utiliza. Precisa ter alcançado um grau de consciência suficiente para ser capaz de enxergar as situações da vida com a maturidade de quem sentiu, viveu, sofreu e é cada vez mais capaz, de superar suas próprias dificuldades.

        

Ter a ilusão de que o profissional é perfeito, é o mais comum... mas cuidado! O que é perfeição para você? O que é saúde mental para você? O que você considera normal? Para Jung, não são normais, as pessoas perfeitamente adaptadas à uma sociedade doente. E, partindo da premissa Junguiana, não fazemos terapia para sermos perfeitos, mas para nos tornarmos cada vez mais INTEIROS e satisfeitos com a nossa vida, capazes de nos sentirmos a vontade, em nossa própria pele.


Cláudia Casavecchia

 
 
 

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