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A flecha imprecisa de Eros

Foto do escritor: Cláudia CasavecchiaCláudia Casavecchia

"Como reconhecer o amor

Há tantas facetas e manifestações

Amores de mães, de filhos, de pais, de irmãos, de amigos

Como classificar o amor?

Como afirmar sua presença?

Sem perder-se nas divagações rarefeitas?

Talvez porque, seja raro, o amor.


Por ser talvez, semente que se cultiva com o tempo

Que floresce nas mais diversas superfícies

Das mais fecundas, às mais artificiais.

Superficiais.

Me parece que amor, em qualquer uma de suas expressões...

Exige tempo e trabalho. Desenvolvimento.

Autoconhecimento.

Liberdade.

Autonomia

Respeito.


Paixão não é amor e amor, sem sempre é paixão.

Interessante, incongruente e inoportunamente nem quase sempre.

Ambos coincidem.

Amor de amigo, que vira paixão. Paixão de amigo, que vira amor.

Coisas assim.


E com a mesma força que nos impacta

Nos fere

Nos desconcerta. E nem sempre, nos concerta.

Nos concentra. E nos desconcentra.

Nos impulsiona. E nos rouba a graça.

E nos relega, muitas e muitas vezes. À possibilidade de viver, tudo. E nada.

E nadar, no mar escuro... impreciso. E límpido. E encontrar, seu vasto oceano.

Repleto de imensidão. Escuridão. E luz.".


Cláudia Casavecchia

Do caos nascem estrelas

 
 
 

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